SpaçAberto

Quando eu tiver um pouco de coragem — e apesar do SpaçAberto não ser um blog literário — faço um meme literário. Por enquanto, vou só fazer a retrospectiva 2010.
Esse ano eu não consegui ler tanto quanto eu queria por causa do vestibular (não que eu estudasse muito, mas quando minha mãe me via lendo, brigava comigo).
Mas vamos lá.

Melhor Livro: A Sombra do Vento.
'A sombra do vento' é uma narrativa de ritmo eletrizante, escrita em uma prosa ora poética, ora irônica. Ambientado na Barcelona franquista da primeira metade do século XX, entre os últimos raios de luz do modernismo e as trevas do pós-guerra, o romance de Zafón é uma obra sedutora, comovente e impossível de largar. Tudo começa em Barcelona, em 1945. Daniel Sempere está completando 11 anos. Ao ver o filho triste por não conseguir mais se lembrar do rosto da mãe já morta, seu pai lhe dá um presente inesquecível; em uma madrugada fantasmagórica, leva-o a um misterioso lugar no coração do centro histórico da cidade, o Cemitério dos Livros Esquecidos. O lugar, conhecido de poucos barceloneses, é uma biblioteca secreta e labiríntica que funciona como depósito para obras abandonadas pelo mundo, à espera de que alguém as descubra. É lá que Daniel encontra um exemplar de 'A Sombra do Vento', do também barcelonês Julián Carax. O livro desperta no jovem e sensível Daniel um enorme fascínio por aquele autor desconhecido e sua obra, que ele descobre ser vasta. Obcecado, Daniel começa então uma busca pelos outros livros de Carax e, para sua surpresa, descobre que alguém vem queimando sistematicamente todos os exemplares de todos os livros que o autor já escreveu.
Por que foi escolhido: Você olha pra capa e tem vontade de ler. Não tinha gostado muito da sinopse. Comprei, por indicação de Ezequiel, dias antes de viajar pra Itu. Demorei a pegar no livro, mas quando comecei, não dava mais pra parar! Quando você se dá conta, está passeando por Barcelona com Daniel, sofrendo com Bea e sentindo o cheiro dos livros do Cemitério dos Livros Esquecidos. Mistério e suspense de primeira qualidade. Arrebatador.


Pior Livro: Corpo Vivo.
Por que foi escolhido: Estávamos em Sorocaba nas férias, quando passamos na frente de um sebo de livros. Evidentemente, entrei. Custava R$ 1,00 e a dona disse que era excelente, as pessoas estavam comprando muito — além de ser quase uma raridade. Aprendi a não confiar em donas de sebos. Enfim, o livro é ruim, não quero descrever :B
Melhor romance romântico: Resgatado Pelo Amor. 
Por que foi escolhido: Acho Nora Roberts uma excelente autora. Constrói um enredo envolvente e de fácil leitura. Até agora, só li duas de sua infinita obra.


Melhor Personagem: Hermione Granger.
Por que foi escolhida: Hermione é a Thaísa da literatura. Nada mais justo.

Pior Personagem: Jacob Black.
Por que foi escolhido: Dominado por Bella. Ponto.
 
 Melhor autor: Dan Brown.
Por que foi escolhido: Dan Brown é o mestre da ficção. Seus romances são inteligentes, seus personagens,  adoráveis e detestáveis, seu estilo é dinâmico. Um homem genial. Mescla história, arte e tecnologia. Joga você contra pessoas que, no final, são inocentes. E vice-e-versa. Suas tramas são de tirar o fôlego - literalmente mesmo. Lembro que há um capítulo em O Símbolo Perdido, que eu não pisquei hahaha.










Melhor Autora: Joanne Kathleen Rowling.
Por que foi escolhida: J. K. Rowling tem uma bela história de vida (Wikipédia). Seus livros foram traduzidos para 64 línguas e mais de  325 milhões de cópias. Tem um estilo de escrita muito enxuto. Dificilmente acham-se pessoas que abandonaram os livros. Raramente encontramos alguém que não se identifique com o sofrimento de Harry, a perspicácia de Hermione, a amizade de Rony, a coragem de Gina e Neville e a loucura de Luna. Não é fácil sustentar uma história ao longo de sete livros sem torná-la cansativa. Ela criou uma legião de fãs — que vão às estreias dos filmes (uau, todos viraram filmes!) vestidos de Hogwartianos. Não é qualquer um que consegue, não.

Pior autor(a): Stephenie Meyer.
Por que foi escolhida: Gente, eu simpatizo com Crepúsculo, sério. Li todos os livros e vi todos os filmes. Mas destesto a escrita de Meyer. Elamente vivemente usandomente adverbiosmente de modomente terminadosmente em mente. Além disso, em Lua Nova, ela se aventura pelo mundo das emoções, tornando o começo do livro chatíssimo. Cansativos.


Melhor Casal: Heathcliff e Catherine.
Por que foi escolhido: Heathcliff é um garoto pobre recolhido pelo Sr. Earnshaw em uma de suas viagens de negócios. Catherine (filha dele) e Heathcliff são criados juntos e se complementam. Cathy diz: "Nelly, eu sou Heathcliff. Ele está sempre, sempre, no meu pensamento". Longe de ser mais um romancezinho clichê de todo mundo feliz e suspirando, a obra de Emily Brontë é original, interessante e apaixonante - de amargura, sofrimento, loucura, orgulho e solidão.
Um trecho de Heathcliff "Se olho para estas lajes, vejo nelas gravadas as suas feições! Em cada nuvem, em cada árvore, na escuridão da noite, refletida de dia em cada objeto, por toda parte eu vejo a sua imagem! Nos rostos mais vulgares de homens e de mulheres, até as minhas feições me enganam com a semelhança. O mundo inteiro é uma terrivel coleção de testemunhos de que um dia ela realmente existiu e a perdi para sempre!".



 Pior Casal: Ka e Ïpek.
Por que foi escolhido: Ka e Ïpek são personagens de Neve, de Orhan Pamuk. Tendo a Turquia como cenário, o livro envolve política. Muito grande e cansativo. Li pulando trechos, pra ver se conseguia terminar! O casal aguado que demora a ficar junto e quando isso acontece, é sem emoções. Tudo bem, a culpa não é dos personagens, mas do autor. Não o julgo por não ser romântico, só que não gostei :)




Melhor Chic Lit: Casório?!
Lucy Sullivan vai se casar. Essa moça de 26 anos, que divide o apartamento com as amigas, não tem dúvidas de que, dentro de poucos meses, estará entrando na igreja durante uma linda cerimônia. Só falta um pequeno detalhe: o noivo! Mas Lucy, que nem ao menos tem um namorado e nunca foi muito bem-sucedida no amor, confia piamente nas previsões de sua cartomante e iniciará uma busca incessante (e hilariante) por um bom partido: ele só precisa ser bonito, inteligente e não lembrar em nada o seu pai.
Por que foi escolhido: Divertidíssimo. Adorei Marian Keyes e suas personagens reais (digo reais porque estão longe de ser as pessoas perfeitas dos contos de fadas). Leia se tiver mais de 16 anos.

Fiquei com preguiça de eleger mais, e já que estou tentando fazer isto desde de 29/12/10, vou publicar - mesmo ficando ruim x)

Por Thaísa Farias.