SpaçAberto

"A única despedida boa, é a despedida da tristeza."

Fora a da citação acima, nunca gostei de nenhum tipo de despedida.
Despedir-se é ter de abrir mão de parte de você, mesmo que minúscula.

Ano passado perdi a minha avó, por causas naturais. Não estava pronta, mas tive que me despedir dela. Não chorei em público, em casa, debulhei-me em lágrimas.

Ontem tivemos que abrir mão da nossa querida e amada Lígia, professora de Matemática e de Física. "Abrir mão" é um termo inapropriado, eu sei, pois não tínhamos escolha. O que sempre dizem é que, de uma forma ou de outra, teríamos de nos separar no fim do ano. É um fato. Mas, se despedida é ruim, despedida precoce é pior.
Ter que dar "tchau" (pois "adeus" não, Lígia nunca sairá das nossas vidas, eu acredito) e saber que poderíamos passar mais tempos juntos, rindo, conversando e partilhando nossas vidas, é extremamente doloroso. Dizem que a vida é curta, que o tempo não volta, e que devemos viver o hoje como se não houvesse amanhã. Descubro a cada dia que se passa, que é a mais pura verdade.

Ninguém nunca iria imaginar que Liginha iria sair do colégio de uma hora pra outra. Ninguém nunca iria imaginar que isso causaria taaanta tristeza a nós, alunos preferidosdela. Eu, pelo menos, não esperava ficar tão deprimida, e sei que os outros também não.
Mas a única coisa que se via e ouvia durante a apresentação dos slides em homenagem à Lígia eram lágrimas e fungadas.

A única coisa que faz com que nos conformemos é saber que ela está buscando o melhor pra si, está em busca de seu sucesso profissional. Por isso, tudo o que nós, do terceiro ano B, desejamos pra ti, Lígia, é muita felicidade e sucesso na vida!
Nunca esqueceremos de você, pois fez (e faz!) parte da nossa vida, parte de nós foi construída com sua ajuda! Claro que te amamos xD




Por Thaísa Farias.